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CIGARRINHA VERDE

 

 

INTRODUÇÃO

 

Existe diferentes espécies de cicadelídeos na natureza, cuja importância é variável com a região.

 

Ordem: Homóptera

Família: Cicadelidae

Espécies: Jacobiasca lybica

                   Empoasca vitis

 

MORFOLOGIA

 

São pequenos insetos sugadores polífagos que parecem pequenas cigarras ou minúsculos gafanhotos.

Os ovos apresentam uma cor branca, de estrutura alongada, de dimensões bastante reduzidas (0,7mm), que os fazem invisíveis a olho nu. São geralmente colocados no interior dos tecidos vegetais.

As ninfas, com 5 estados, são alongadas e de dimensão entre 1-3mm. Apresentam uma coloração branca no primeiro instar, passando depois para verde ou rosada nos instares seguintes.

Na generalidade todas têm dimensões muito semelhantes: o adulto apresenta um corpo estreito e alongado (3 mm) e possui uma coloração geral esverdeada e élitros verdes com células apicais transparentes. Possuem uma armadura bucal picadora-sugadora.

Mantêm-se na página inferior das folhas, prontas para voar à menor agitação. As ninfas, muito móveis, deslocam-se obliquamente.

 

 

Adulto de Empoasca vitis

Fonte: JRR

CICLO BIOLÓGICO

 

Estes insetos hibernam no estado adulto em plantas arbóreas, arbustivas e arvenses. Na Primavera migram para a videira, onde realizam 3-4 gerações. As larvas da 1ª geração, de cor verde, surgem entre fins de Junho e início de Julho.

As posturas são feitas no interior das nervuras e nos pecíolos das folhas vivendo o inseto preferencialmente na página inferior. A evolução das larvas desde a eclosão até ao estado adulto dura cerca de um mês e cada geração vive cerca de 60 dias.

 

 

As ninfas e os adultos provocam lesões através da sua alimentação, picando as nervuras secundárias para se alimentarem. Estas picadas irão conduzir a um amarelecimento ou avermelhamento da zona periférica da folha, consoante se trate de uma casta branca ou tinta, respetivamente.

Estas manchas evoluem para necroses, dando origem a um aspeto de queimado, ou um ligeiro enrolamento foliar.

CICLO BIOLOGICO CIGARRINHA VERDE

FONTE: SAPEC

SINTOMAS NA FOLHA

SINTOMAS

 

 

As cidadelas picam as nervuras das folhas até aos vasos condutores nos quais se alimentam. A sua saliva, tóxica faz com que ocorra obstrução desse vasos provocando a interrupção da circulação da seiva. O contorno das folhas descolora-se, dá-se o enrolamento foliar e a necrose prematura do parênquima. Nas castas brancas as descolorações traduzem-se por um amarelecimento, e nas castas tintas por um precoce avermelhamento entre as nervuras, dão um aspeto de mosaico.

 

 

ESTRAGOS

 

O agravamento desta sintomatologia origina a seca e a queda das folhas, provocando uma diminuição significativa da produtividade e do grau alcoólico, mau atempamento das varas e o enfraquecimento das videiras, bem como redução da qualidade de mosto, por redução do ácido málico.

 

A importância dos estragos é influenciada por:

- Intensidade de ataque;

- Suscetibilidade varietal;

-Condições climáticas e de cultivo;

-Porta-enxerto;

-Vigor das cepas.

A geração que apresenta maior nocividade é a segunda geração, uma vez que ocorre a temperaturas mais elevadas, humidades baixas, fazendo com que os sintomas se expressem mais intensamente.

 

 

 

MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE RISCO

 

 

Determinação da curva de voo:

Recurso a armadilhas cromotrópicas de cor amarela, para captura de adultos e, mais tarde, pela contagem do nº de ninfas na página inferior das folhas no início do mês de Agosto.

O registo do pico é determinante para determinar o pico de voo, permitindo acompanhar a evolução da praga.

As armadilhas devem ser colocadas no início do ciclo vegetativo e, preferencialmente numa zona central da vinha, ao longo da folhagem média.

 

Determinação da evolução das ninfas

A monitorização das ninfas é feita após a determinação do voo, devendo ser sempre feita à mesma hora.

A vigilância da vinha deverá ser rigorosamente acompanhada até à maturação, mesmo que se tenha procedido a tratamentos.

 

 

NÍVEL ECONOMICO DE ATAQUE

 

VINHAS JOVENS

Observação durante todo o ciclo cultura no quadrante Este da planta

NEA- presença de cicadela

 

VINHAS ADULTAS

 

-Primavera

Observação  no quadrante Este da planta

Observação 2 folhas * 50 cepas, na 3ª-4ª folha

50-100 ninfas/100 folhas

 

-Verão

Observação no quadrante Este da planta

Observação 2 folhas * 50 cepas, na 7ª-8ª folha

50 ninfas/100 folhas

 

MEIOS DE LUTA

 

 

LUTA BIOLÓGICA

 

Fomentar a limitação natural preservando os auxiliares predadores e parasitoides.

Revelam-se mais efetivos: antocorídeos, coccinelídeos, Crysopideos, Mírideos, hemerobídeos.

 

LUTA BIOTÉCNICA

 

Utilizar ICI- Inibidores de crescimento de Insetos.

 

LUTA CULTURAL

 

Evitar  castas muito suscetíveis;

Evitar o vigor excessivo das cepas;

Evitar situações de stress hídrico.

 

LUTA QUÍMICA

 

Selecionar de entre as substâncias ativas autorizadas em Proteção Integrada da vinha.

 

Consultar lista de insecticidas homologados

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